MARCO ANTONIO(I ROMANO) BIOGRAFIA


        Marco António

Marco António (português europeu) ou Marco Antônio (português brasileiro) (em latim: Marcus Antonius;  Roma, 83 a.C. – Alexandria, 30 a.C.), foi um célebre militar e político romano da fase final da República.
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Genealogia

Pertencente a uma família de origem patrícia (gens Antonia), Marco Antônio nasceu em Roma.
Seu pai, Marco Antônio Crético (Marcus Antonius Creticus), era filho do orador Marco Antonio (Marcus Antonius Orator),   assassinado pelos partidários de Caio Mário,  em 87 a.C. Sua mãe, Júlia Cesaris (conhecida como Júlia Antônia), era sobrinha de Júlio César.  Marco Antônio Crético e Júlia Cesaris tiveram três filhos, Marco, Caio e Lúcio. 
Tendo enviuvado ainda jovem, sua mãe voltou a casar-se, dessa vez com Públio Cornélio Léntulo Sura, um político que viria a ser acusado de envolvimento na Conjuração de Catilina, e que por isso foi executado por ordem de Cícero (razão da inimizade que se estabeleceu entre Marco Antônio e o célebre orador).
Árvore genealógica, apenas dos ancestrais, baseada no texto e nos artigos dos personagens citados
Marco Antônio

MARCO ANTONIO E CLEOPITA
Cônsul da República Romana Spqrstone.jpg
Mandato1º 44 a.C.
2º 34 a.C.
3º 31 a.C.
Cônsul1º Caio Júlio César e Públio Cornélio Dolabela
2º Lúcio Escribônio Libão3º Caio Octávio Turino
Antecessor(a)1º Cneu Domício Calvino (como Magister Equitum)
2º Sexto Pompeu
3º Cneu Domício Enobarbo
Sucessor(a)1º Aulo Hírcio
2º e 3º Caio Octávio Turino
Magister Equitum da República Romana Spqrstone.jpg
Mandato1º 48 a.C.
2º 47 a.C.
Ditador1º e 2º Julio Cesar
Antecessor(a)1º Públio Servílio Vácia Issáurico(como Cônsul)
Sucessor(a)2º Públio Vatínio (como Cônsul)
Vida
Nascimento14 de janeiro de 83 a.C.
RomaRepública Romana
Falecimento1º de agosto de 30 a.C. (53 anos)
AlexandriaEgito
CônjugeFadia
Antonia Hybrida Minor
Fúlvia
Octávia
Cleópatra VII
Serviço militar
Anos de serviço54 a.C. – 30 a.C.
GraduaçãoGeneral
ComandosExército romano
Batalhas/guerrasGuerras da Gália
Segunda Guerra Civil de Roma(Batalha de Farsalos)
Guerras romano-partas
Batalha de Filipos
Batalha de Áccio

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Morte de Júlio César, por Vincenzo Camuccini,1798, na Galeria Nacional de Arte Moderna

Árvore genealógica, apenas dos ancestrais, baseada no texto e nos artigos dos personagens citados
Marco Antônio Orador
Lúcio Júlio César III
Marco Antônio Crético
Júlia Antônia
Marco Antônio
Caio Antônio
Lúcio Antônio

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Aureus de Marco Antônio e Otaviano.

 Juventude desregrada
A juventude de Marco Antônio se caracterizou, segundo Plutarco, pela falta de uma adequada orientação paterna. Ele e seus irmãos juntaram-se a um jovem e excêntrico político chamado Clódio (que militava entre os Populares), passando os dias nas tavernas, visitando bordéis, vadiando nas saunas e nos antros de jogatina, envolvendo-se em escândalos amorosos e, sobretudo, bebendo . Em conseqüência, antes de completar vinte anos, já estava endividado, devendo cerca de 250 talentos (6 milhões de sestércios). Em 58 a.C., ele partiu para a Grécia, em parte para escapar de seus credores  .
Em Atenas, Marco Antônio freqüentou as aulas dos mais afamados professores de Retórica, especializando-se no elegante e floreado "estilo asiático". Além disso, participava de exercícios militares das tropas romanas estacionadas na região. Foi então que, em 57 a.C., o procônsul, Aulo Gabínio, a caminho da Síria, impressionado com sua habilidade equestre, convidou-o a participar de uma campanha na Judeia, como comandante de sua cavalaria.

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Antôio e Cleópatra, tela de Giovanni Battista Tiepolo, na Galeria Nacional de Victoria, Melbourne

    Campanha da Judeia
Em 63 a.C., Pompeu interviera na Judeia, apoiando Hircano II em detrimento de seu irmão, Aristóbulo II. Mas em 59 a.C., Alexandre, filho de Aristóbulo, derrotou Hircano, proclamando-se rei e sumo sacerdote judeu. A missão de Galbino era derrubar Alexandre.
Em seu primeiro combate real, Marco Antônio demonstrou a coragem de um veterano, sendo um dos primeiros a transpor as muralhas da fortaleza onde Alexandre concentrara suas forças. A fortaleza foi tomada e o jovem Antônio foi alvo de muitos elogios dos militares.
A luta recomeçou quando Aristóbulo (que fora levado para Roma, por Pompeu) voltou à Judeia e reagrupou o exército de seu filho. Colocado por Galbino no comando de algumas legiões, Marco Antônio voltou a dar mostras de bravura e liderança, contribuindo, decisivamente, para a vitória das forças romanas.

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Fraates IV, o rei parta que humilhou Antônio.

     Campanha do Egito

Dos três grandes estados sucessores do império de Alexandre, o Egito era o único que, à essa época, mantinha-se independente diante do imperialismo romano. Ao assumir o trono, em 80 a.C., o rei Ptolomeu XII entendeu que a melhor maneira de preservar essa independência seria cultivar as boas graças de Roma. Com esse propósito, ele viajou, no ano seguinte, para a Itália, objetivando conseguir que o senado reconhecesse o reino do Egito como "aliado e amigo do povo romano". Bajulando os senadores influentes, distribuindo presentes e propinas aos figurões da política romana, o rei afinal alcançou seu objetivo   .
Todavia, Ptolomeu não foi bem recebido, em sua volta ao Egito, onde já se espalhara a notícia de sua postura servil diante dos romanos. E quando a ilha de Chipre — última possessão marítima egípcia — caiu em poder de Roma, sem que ele esboçasse nenhum protesto , a população de Alexandria se revoltou e expulsou o rei, colocando no trono sua filha, Berenice.
Após tentar, sem êxito, que o senado romano aprovasse o envio de tropas para restaurá-lo no trono [notas 5], Ptolomeu apelou a Galbínio, que aceitou ajudá-lo, em troca de grande quantidade de ouro  . No outono de 56 a.C., a campanha começou. Após dificílima travessia do vasto deserto do Sinai, as forças romanas chegaram à fronteira do Egito, deparando-se com a fortaleza de Pelúsio. O ataque à fortaleza foi comandado por Marco Antônio, que tomou a cidade num assalto fulminante.  
Após derrotar as forças egípcias que encontrou pelo caminho, o exército romano entrou em Alexandria. Recolocado no trono, Ptolomeu vingou-se de seus adversários, mandando executar, inclusive, sua própria filha, Berenice .
Foi durante o tempo de sua permanência em Alexandria, que Antônio conheceu a irmã de Berenice, Cleópatra, então com 14 anos. Em seguida, após breve estada em Roma, ele partiu para a Gália, onde o esperava um posto no exército de Júlio César.

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A Batalha de Áccio, por Lorenzo A. Castro, (1672)

           Alésia

Não há informações sobre os primeiros anos de serviço de Marco Antônio no exército de Júlio César, na Gália, até porque o que se sabe sobre aquela guerra provém do livro "De Bello Gallico", escrito pelo próprio César que, se pouco crédito dá aos oficiais veteranos daquela campanha, menos ainda se ocupa dos que, como Antônio, eram novatos. Sabe-se que, em 54 a.C., ocorreu a segunda expedição à Britanha, da qual participaram cinco legiões e uma cavalaria de dois mil homens. Possivelmente, Marco Antônio há de ter participado da expedição, como oficial de cavalaria.
Confirmada mesmo foi sua importante participação no cerco de Alésia, o último capítulo da conquista romana da Gália. Durante quatro dias, o exército de César lutou em duas frentes, com Marco Antônio comandando várias legiões. No segundo ataque gaulês, realizado durante a noite, os homens de Antônio quase cederam, sendo salvos pela chegada de reforços. No dia seguinte, o chefe gaulês, Vercingetórix, à frente de 60 mil guerreiros, lançou seu derradeiro e desesperado ataque. Durante a luta, César e Antônio podiam ser vistos cavalgando de um lado para o outro das linhas romanas, incentivando os legionários e providenciando reforços  . Quando a batalha terminou, Vercingetorix deixou Alésia, montado em seu cavalo branco, e depôs suas armas aos pés de César, enquanto Marco Antônio recebia todas as honras militares por sua destacada conduta na luta.
À essa altura, ele ascendera à invejável condição de principal general de César, tanto que lhe coube assumir o comando do corpo principal do exército, enquanto César rematava sua conquista, eliminando os últimos focos de resistência gaulesa.
Assim, no final de 51 a.C., Marco Antônio tornara-se famoso, rico (graças aos despojos da guerra gaulesa) e homem de confiança de César. Estava pronto para enveredar pelas estradas da política, rumo ao poder.

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A morte de Cleópatra, por Reginald Arthur, no Roy Miles Gallery, Londres.

            Desfaz-se o primeiro triunvirato
  
Em 53 a.C., decidido a fazer de Marco Antônio seu principal representante político  , César mandara-o a Roma, com recursos e recomendações suficientes para concorrer ao cargo de Questor, nas eleições daquele ano. As mortes de Júlia (filha de César e esposa de Pompeu) e do triúnviro Crasso (que empreendera uma fatídica campanha contra o Império Parta), haviam fragilizado o triunvirato, aguçando a disputa pelo poder entre Júlio César e Pompeu, cujos respectivos partidários se engalfinhavam nas ruas .
Uma vez em Roma, Marco Antônio envolveu-se em um conflito no Fórum, ocasião em que teria tentado apunhalar seu velho amigo, Clódio  . Os distúrbios nas ruas tornaram-se tão agudos, que provocaram o adiamento das eleições, por um ano. Quando elas, afinal, se realizaram, Antônio ganhou facilmente a questura, em uma campanha permeada de subornos e baixarias.
De volta a Roma, em 50 a.C., elegeu-se tribuno da plebe, cargo que utilizou para proteger os interesses de César, ameaçados pela facção conservadora do Senado, que se apoiava em Pompeu. A questão central residia no desejo de César de concorrer ao consulado "in absentia", para não perder seu poder proconsular na Gália, o que feria a legislação vigente  . Agindo em nome de César, Antônio tentou negociar várias fórmulas de conciliação, mas os conservadores não cederam, gerando um impasse político que selou o fim do triunvirato.


Afinal, quando o Senado decretou a Lei marcial (7 de janeiro de 49 a.C.), outorgando poderes ditatoriais a Pompeu e exigindo que César entregasse seu comando na Gália, Marco Antônio, temendo ser assassinado, deixou Roma disfarçado de escravo e juntou-se ao exército de César, estacionado na Gália Cisalpina.
- "A sorte está lançada" — teria dito César, cruzando o rio Rubicão e ingressando na Itália, violando a lei da traição, que proibia um governador de levar tropas para fora de sua província, sem autorização do senado  .
Começava a guerra civil.
Na Batalha de Farsalos (agosto de 48 a.C.), travada em solo grego, na qual César derrotou seu rival, Antônio teria sido o responsável pelo vigoroso ataque que rompeu as linhas do exército pompeísta, levando-o à derrota. Depois, ele foi mandado de volta à Itália, para governá-la, enquanto César ia atrás de Pompeu, que fugira em um navio, buscando refúgio no Egito.

      A ditadura de César morre no senado

Quando Júlio César chegou a Alexandria, recebeu o anel e a cabeça de Pompeu, decepada por ordem daqueles que (efetivamente) governavam o país, em nome do rei-menino, Ptolomeu XIII . Decidido a extorquir daquele reino próspero uma elevada soma para atender às despesas de sua campanha , ele instalou-se no palácio real, pretextando servir de árbitro na disputa entre o jovem rei e sua irmã, Cleópatra, também pretendente ao trono. Mas o modo arrogante e senhoril com que se apresentou diante dos alexandrinos, provocou a revolta da população, levando-a cercar e atacar o palácio. Na luta travada em Alexandria" [notas 14] , César foi salvo pela providencial chegada de reforços. Partindo para a ofensiva, ele esmagou as forças egípcias (Na Batalha do Nilo, o rei Ptolomeu foi morto.) e entronizou no trono a princesa Cleópatra, com quem estabeleceu laços pessoais e políticos.
Enquanto César permanecia em Alexandria, Marco Antônio governava a Itália, desastradamente. O que ele tinha de bom general, tinha também de péssimo administrador. Descuidando de seus deveres, entregou-se aos velhos hábitos da juventude: bebida, orgias e dilapidação de dinheiro, contraindo enormes dívidas para comprar presentes suntuosos às suas amantes e oferecer exorbitantes banquetes.
Quando César retornou a Roma e implantou sua ditadura, as orgias de Antônio cessaram e ele se viu obrigado a saldar as dívidas que contraíra. As relações entre os dois homens ficaram estremecidas por algum tempo, mas depois se normalizaram.
Em 15 de março de 44 a.C., Júlio César foi assassinado por um grupo de senadores, liderados por Caio Cássio Longino e Marco Júnio Bruto. A princípio, os assassinos dominaram a cena política, apresentando-se como salvadores da república, ameaçada pela ditadura de César, porém um discurso apaixonado de Marco Antonio, exibindo as vestes ensangüentadas do ditador, em seu funeral, virou a opinião pública contra eles, obrigando-os a fugir.

senado romano

O projeto de Antônio de se tornar herdeiro do poder de César ficou comprometido com a chegada do jovem Otaviano, filho adotivo do ditador, que logo recebeu o apoio dos senadores, que não confiavam em Antônio. Do alto de sua eloqüência, Cícero proferia discursos inflamados contra Marco Antônio [notas 15] , acusando-o de perfídia e devassidão.
A disputa entre Antônio e Otávio pelo espólio político de César, desaguou em um confronto militar. Na Batalha de Mutina (atual Módena), na Gália Cisalpina, em abril de 43 a.C., Antônio foi derrotado e teve que fugir pelos Alpes.
Foi na Gália Transalpina que ele encontrou e recebeu apoio de vários comandantes militares, entre eles, Lépido, homem de confiança de César. Enquanto isso, Otaviano se desentendia com o senado, que lhe negara o consulado, por não ter ainda a idade legal. Isso aproximou os rivais que, juntamente com Lépido, reuniram-se em Bonônia (atual Bolonha), onde firmaram as bases de um acordo de partilha do poder, conhecido como segundo triunvirato.



           Segundo triunvirato

Ao contrário do primeiro, o segundo triunvirato (previsto para durar cinco anos) foi oficializado pelo senado, através da Lei Títia, que dividiu as províncias romanas entre os triúnviros, cabendo:
Sicília, Sardenha e África proconsular — para Otávio
Gália Narbonense e Hispânia — para Lépido
Gália Cisalpina — para Antônio
A primeira providência dos triúnviros foi elaborar listas de proscrições de seus inimigos. Cerca de 300 senadores e 2000 cavaleiros foram caçados até a morte. Entre as vítimas ilustres, estava Cícero, inimigo de Antônio.
Após o holocausto de seus inimigos, os triúnviros voltaram sua atenção para Bruto e Cássio, que haviam reunido um grande exército na Macedônia e conquistado o apoio da frota de Pompeu, o jovem (filho de Pompeu). No verão de 42 a.C., travou-se a Batalha de Filipos. Bruto derrotou o exército de Otaviano, no norte, mas no setor sul, Marco Antônio esmagou as forças de Cássio, que se matou. Alguns dias depois, Antônio e Otaviano juntaram-se e derrotaram Bruto, que também recorreu ao suicídio.
Enquanto Otaviano retornava à Itália, Marco Antônio permaneceu no Oriente, a fim de levantar recursos para os triúnviros. Mas ele não tardou a mergulhar numa vida de prazeres, sendo cortejado em todas as cidades por onde passava, onde lhe ofereciam suntuosos banquetes e o saudavam como "encarnação de Dionísio" — o Baco latino, deus do vinho.
Foi na Ásia Menor que ele reencontrou a rainha do Egito, Cleópatra, a quem convocou ao seu acampamento em Tarso, para prestar esclarecimentos sobre sua suposta ajuda a Bruto e Cássio. Esse encontro haveria de ser decisivo para os rumos do segundo triunvirato
.

           Antônio e Cleópatra

Marco Antônio casara-se várias vezes. Na juventude, com Fadia, de quem se sabe apenas que era rica e lhe deu filhos. Depois, com Antônia, de quem se divorciou por suspeita de adultério. Após uma longa ligação com a atriz, Cítera (com quem não se casou), desposou Fúlvia, de quem se tornara amante quando ela ainda era casada com Clódio (assassinado em 52 a.C.). Ele já estava casado com Fúlvia, quando Cleópatra veio ao seu encontro, em Tarso.
Rica e encantadora, inteligente e divertida, arrogante e carinhosa, Cleópatra foi ao encontro de Antônio, em Tarso, a bordo de seu magnífico navio real, luxuosamente preparado para recepcionar o triúnviro. A recepção durou quatro dias. Seduzido pelos encantos da rainha, Antonio decidiu passar o inverno de 41 a.C. a 40 a.C. no Egito, em sua companhia. Nos meses seguintes, em Alexandria, ele levaria uma vida de fausto e prazeres .
Ao final desse tempo, os negócios públicos reclamaram sua atenção. No Oriente, os partas estavam atacando territórios romanos e, em Roma, sua esposa, Fúlvia, e seu irmão, Lúcio, estavam em rebelião aberta contra Otaviano. Na primavera de 40 a.C., Marco Antônio retornou à Itália, deixando Cleópatra grávida de gêmeos. Não a veria pelos próximos três anos.
Quando Antônio chegou a Roma, Otávio já esmagara os rebeldes, na Batalha de Perúsia, onde Fúlvia morrera durante os combates. Por muito pouco não estourou a guerra civil entre os triúnviros. Mas eles acabaram chegando a um acordo, firmando o Tratado de Brundisium, que confirmava a divisão do império entre os dois e reduzia a parte de Lépido, atribuindo-lhe apenas o governo de uma pequena província na África. Para selar o acordo, Antônio casou-se com Otávia, irmã de Otaviano.

Assegurada a paz interna, as atenções voltaram-se para a Pártia. Decidiu-se que Antônio comandaria uma campanha contra o reino rival. Todavia, de 39 a.C. a 37 a.C., o exército de Antônio lutou contra os partas sem a presença de seu comandante, que se detivera na Grécia, entregando-se a intermináveis orgias, que somente se interromperam devido à revolta de Sexto Pompeu (filho de Pompeu Magno).
Retornando à Itália, encontrou a opinião pública voltada contra ele, em parte devido ao seu comportamento devasso e irresponsável, e em parte devido às intrigas de Otávio. Outra vez, houve risco de rompimento entre os triúnviros . Afinal, graças à mediação de Otávia, chegou-se a um novo acordo, com a assinatura do Tratado de Tarento, que renovou o triunvirato por mais cinco anos. Antônio haveria de partir para o Oriente, onde receberia tropas enviadas por Otávio,para combater os Partas.
Mas António estava cético sobre o apoio de Otaviano, de modo que, deixando Otávia em Roma, grávida de sua segunda filha (Antonia Minor), viajou para Alexandria, onde reencontrou Cleópatra, que lhe forneceu os meios para levantar um exército destinado à campanha na Pártia. Em troca, ele entregou à raínha possessões romanas no Oriente — a Fenícia e o norte da Judeia — e prometeu casar-se com ela, para legitimar os gêmeos que ela tivera dele: Alexandre Hélio e Cleópatra Selene II.

       Derrota
Em 36 a.C., com vastas reservas monetárias e cerca de 100 mil homens em armas, Marco Antônio afinal deu início à campanha da Pártia. Ao longo de três anos, seu legado, Ventídio, havia ganho várias batalhas (não conclusivas) contra os partos. Agora, o triúnviro estava ali, pretendendo esmagar de uma vez por todas a arrogância desse povo que ousava se opor ao avanço do Império Romano.
Empreendendo uma marcha cansativa através da Ásia Menor, chegou à Armênia mas não permitiu que seus soldados descansassem, obrigando-os a continuar o avanço até Frata, uma das principais cidades do inimigo. Mas ao atacar a cidade, sofreu uma enorme derrota. O número de romanos mortos chegou a 10 mil. A notícia desse fracasso levou o rei da Armênia, Artavades II, que era aliado de Roma, a romper a aliança e proclamar-se neutro no conflito parto-romano.
Porém Antônio não perdera seu brilho militar. Simulando uma retirada geral, recuou durante um dia. Então, inesperadamente, deu meia volta e desfechou um ataque de surpresa contra os partas, que o estavam seguindo à distância. Foi a vez dos asiáticos recuarem, após sofrerem pesadas perdas.
Com a guerra virtualmente empatada, o rei parta, Fraates IV, ofereceu a Antônio um acordo: as tropas romanas voltariam para a Armênia, sem serem molestadas pelos partas. Mas o general romano recusou. Desistir da campanha seria uma confissão de derrota.
Com a chegada do inverno, a situação dos romanos tornou-se crítica. A comida escasseava. A disciplina cedeu e os soldados lutavam entre si pelos poucos suprimentos que ainda restavam. Diante desse quadro, não restou a Antônio outra alternativa senão ordenar o retorno à Armênia.
Foi uma retirada trágica. Acossados pelos arqueiros partas, os legionárias precisavam andar com os escudos sobre a cabeça para se protegerem das flechas. Muitos romanos tombaram no caminho, seja sob os dardos dos partas, seja comendo raízes venenosas ou bebendo água de poços insalubres. Quando finalmente chegaram à Armênia, os soldados se ajoelharam e beijaram a terra.
Para Antônio, a campanha se encerrava de um modo humilhante. Nos 27 dias de prova, havia travado 18 batalhas e perdido 24 mil homens. Outros 8 mil haveriam de morrer em tempestades de neve, antes de alcançarem o Mediterrâneo, onde Cleópatra os esperava com roupas e suprimentos. Em suma, Antônio perdera quase a metade de suas forças e nada ganhara, O desastre abalou sua fama de general invencível e enfraqueceu seu poder político em Roma.

O caso de um guerreiro

Não fora apenas o fiasco na Pártia que manchara a reputação de Antônio. Os romanos também se indignaram com sua decisão de fixar residência permanente no Egito, ao lado de Cleópatra. Espalhou-se a notícia de que os dois haviam se casado, provavelmente em Antioquia, em 36 a.C., e que ela lhe havia dado um terceiro filho, Ptolomeu Filadelfo, durante o retorno a Alexandria.
Aos olhos dos cidadãos romanos, Marco Antônio abandonara sua esposa — uma mulher virtuosa, que cuidava de seus filhos e tomava conta de seus negócios — para viver ao lado de uma raínha estrangeira.
Otaviano aproveitava-se da situação para aumentar sua própria influência, em detrimento de seu parceiro no triunvirato. No senado, ele denunciava um suposto plano de Antônio de separar as províncias orientais do império, estabelecendo o Egito como o centro de um novo Estado independente de Roma. Além disso, Otaviano grangeara prestígio. Sua frota, comandada por Marco Vipsânio Agripa, esmagara os navios de Pompeu, o jovem, que atacava, sistematicamente, os navios mercantes romanos, no Mediterrâneo. À essa época, ele também expulsou Lépido do triunvirato, deixando-lhe apenas o cargo de pontifex maximus, que o ex-general de Júlio César exerceu até sua morte, em 13 a.C..
Em 34 a.C., Antônio perdeu uma excelente oportunidade para recuperar seu prestígio em Roma, ao colher uma vitória espetacular contra Artavasdes, o rei da Armênia que o havia abandonado durante a campanha da Pártia

Mas em lugar de trazer o rei armênio prisioneiro para Roma e exibi-lo em desfile triunfal, preferiu comemorar sua vitória no Egito, ocasião em que teria promovido as célebres "Doações de Alexandria", entregando territórios romanos no Oriente para Cleópatra e os filhos do casal. À raínha, ele concedeu Chipre e Líbia; aos filhos coube a Armênia, Média, Síria, Cirene e Cilícia. Quando a história das doações chegou à Itália, os romanos se mostraram furiosos.
A guerra civil tornou-se iminente e Antônio a precipitou quando, em 32 a.C., ao expirar-se o prazo do triunvirato, ele não se mostrou interessado em renová-lo e, além disso, divorciou-se de Otávia (provavelmente por exigência de Cleópatra), quebrando o último elo que o ligava ao seu rival. Astucioso, Otaviano acusou Cleópatra de estar se apropriando de províncias romanass e obteve do senado uma declaração de guerra ao Egito, sem menção a Antônio.
As operações militares conduziram à Batalha de Áccio (31 a.C.), na qual a frota romano-egípcia de Antônio e Cleópatra foi destruída pelos navios de Otávio, comandados por Agripa. Quando o combate já se inclinava em favor de Otaviano, mas ainda estava indefinido, Cleópatra conduziu sua frota de volta ao Egito. Ao vê-la partir, Antônio correu atrás dela, seguindo-a até Alexandria, deixando seus homens morrerem sem seu general.

o suicidio de cleopata

             Túmulo egípcio

Chocados com a deserção de seu comandante, os soldados de Antônio renderam-se a Agripa. Em Alexandria — segundo Plutarco — o casal entregou-se a banquetes e bebedeiras, tentando esconder o desespero face ao seu destino iminente, enquanto as forças de Otávio se aproximavam, inexoravelmente, do Egito.
Quando as últimas tropas ainda leais a Antônio desertaram ele decidiu matar-se, de acordo com a tradição romana . Mas há outra versão, segundo qual ele se matou ao ser informado do suposto suicídio de Cleópatra.
Na verdade, a rainha aguardou a chegada de Otávio e teria tentado algum tipo de acordo com ele. Somente quando se convenceu de que seria levada prisioneira para Roma para participar do Triunfo do vencedor, foi que ela se fez matar, provavelmente, recorrendo a uma serpente venenosa.
O filho de Cleópatra com César, Cesarion, e o de Antônio com Fúlvia, Antilo, foram mortos por ordem de Otávio.


A tumba dos amantes estaria nas ruínas do templo Taposiris Magna, perto de Alexandria.

    Descendência

Marco António foi casado 5 vezes, sendo seu primeiro casamento com uma mulher chamada Fádia o único sem filhos conhecidos. Suas outras esposas foram Antónia Híbrida, Fúlvia, Otávia e Cleópatra VII.
Fadia, a filha de um liberto. De acordo com Cicero, Fádia e António tiveram diversos filhos, mas mais nada se sabe sobre ela ou esses filhos. Cicero é a única fonte romana onde esta primeira esposa de Marco António é mencionada.
Antónia Híbrida Minor, sua prima por parte de pai. De acordo com Plutarco, em 47 a.C, António se divorciou dela por ela ter dormido com seu amigo Públio Cornélio Dolabela. Ele teve apenas uma filha deste casamento:
Antônia de Esmirna (50 a.C - ?), que se casaria com Pitódoro de Trales em 36 a.C. Marco António casou sua filha com Pitodoro, que era extremamente rico, na mesma época em que se casou com Cleópatra, para selar o acordo diplomático entre eles, já que como aliado, Pitódoro contribuiria financeiramente com a campanha da Pártia de António. Deste casamento, nasceu Pitodoris do Ponto, rainha do Ponto e da Capadócia, e antepassada de uma longa dinastia de reis turcos até o século IV d.C. Antónia também foi noiva de Lépido Menor, filho do triunviro Marco Emilio Lépido, por um curto periodo durante o ano de 44 a.C.
Fúlvia Flacca Bambula (c. 83 BC – 40 BC), aristocrata romana e uma das poucas grandes personalidades femininas da história de Roma. Previamente casada com Publius Clodius Pulcher e Caio Escribônio Curião, Marco António foi seu último marido. O casal teve 2 filhos:Marcus Antonius Antyllus ou Antilo (47 - 30 a.C). Antilo foi o único filho de António a conviver com Cleópatra, já que foi morar no Egito com o pai e a madrasta. Durante um curto periodo, esteve noivo de Júlia, filha de Otaviano. Em 31 a.C, após a batalha do Ácio, foi declarado maior de idade ao lado de Cesarion, na tentativa de sobreviver à queda do pai. Traído por seu tutor Teodoro, foi executado após a derrota do pai em Alexandria. Antilo era o herdeiro oficial de Marco António.
Iullus Antonius ou Iulo (43 - 2 a.C), casado com Cláudia Marcela Maior, filha de Otávia Octavia, com quem teve Lúcio António, Caio António e Iula Antónia. Iullus foi paetor em 13 a.C, consul em 10 a.C e proconsul asiático em 7 a.C. Iulo teve um caso com a filha de Otaviano, Júlia, então casada com Tibério, futuro imperador de Roma e sucessor de Otaviano. Após a escandalosa descoberta do caso dos dois, Iulo foi condenado por traição e forçado a cometer suicidio, e Júlia foi exilada por 5 anos na ilha de Pandataria. Após voltar a Roma, Júlia foi deserdada pelo pai, e viveu confinada em casa por seu marido Tibério até a sua morte em 14 d.C. Em seu testamento, Otávio deixou claro que Júlia não poderia ser sepultada no mausoléu da família.

Otávia, irmã de Otaviano. O casamento ocorreu em 40 a.C, para selar a renovação do triunvirato e selar a paz entre os dois triunviros, António e Otávio, após a guerra contra Fúlvia e Lúcio António, irmão de António. O casal teve 2 filhas:
Antonia Maior, casada com Lúcio Domício Enobardo (consul em 16 a.C); avó materna da imperatriz Valeria Messalina e avó paterna do imperador Nero.
Antonia Minor, casada com Nero Cláudio Druso, o filho caçula da imperatriz Lívia Drusila e irmão do imperador Tibério; Foi a mãe do imperador Claudio, avó do imperador Caligula e da imperatriz Agripina Minor, e bisavó materna do imperador Nero.
Cleópatra VII do Egito (69 - 30 a.C). Ex-amante de Júlio César. O casal teve 3 filhos:
Alexandre Hélio (40 a.C - depois de 29 a.C). Alexandre Hélio, o "gêmeo sol", foi declarado rei da Pártia durante as Doações de Alexandria. Ele esteve noivo de Iotapa, filha do rei da Média, entre 34 e 30 a.C., quando foi levado como prisioneiro de guerra para Roma após a queda dos pais. Desfilou acorrentado ao lado dos irmãos no triunfo de Otaviano e depois foi incorporado à familia de Otaviano. Durante o casamento de Cleópatra Selene, foi libertado, e seguiu com a irmã e o irmão mais novo, Ptolemeu Filadelfo, para a Mauritania, aonde ela seria rainha.
Cleópatra Selene II (40 a.C - 6 d.C). esposa e rainha de Juba II da Numidia e Mauretania; Selene, a "gêmea lua", foi declarada rainha da Cirenaica durante as Doações de Alexandria em 34 a.C. Após a morte dos pais em 30 a.C, foi levada como prisioneira de guerra para Roma aonde esfilou acorrentada ao lado dos irmãos no triunfo de Otaviano e depois foi incorporada à familia de Otaviano. Cerca de 25 a.C, foi dada em casamento a Juba II, que seria reinstaurado no trono da Numidia, e como dote, Otávio lhe deu o reino da Mauritania para que o casal governasse juntos. Ao lado do marido, Selene foi uma grande incentivadora cultural de seu país, além de uma excelente administradora. O casal teve 5 filhos, pelo mennos 2 chamados Ptolomeu, uma chamada Cleópatra, e uma chamada Drusila. O Ptolomeu mais jovem, que ficaria conhecido como Ptolemeu da Mauritania, sucessor do pai no trono e último rei da Mauritania, casou-se com uma princesa síria da família real de Emesa chamada Júlia Urânia, e a filha deles, Drusila, seria a antepassada de diversos reis e rainhas como Zenóbia de Palmira, e os imperadores romanos Caracala, Sétimo Severo, Geta e Heliogábalo.
Ptolemeu Filadelfo (36 - depois de 29 a.C). Declarado rei da Fenícia, Síria e Cilícia durante as Doações de Alexandria em 34 a.C. Após a morte dos pais em 30 a.C, foi levado como prisioneiro de guerra para Roma aonde esfilou acorrentado ao lado dos irmãos no triunfo de Otaviano e depois foi incorporado à sua familia. Durante o casamento de Cleópatra Selene, foi libertado, e seguiu com a irmã e o irmão mais velho, Alexandre Hélio, para a Mauritania, aonde ela seria rainha.

    Cronologia da vida de Marco Antônio

83 a.C. — Marco Antônio nasce em Roma.
58 a.C. — Viaja para a Grécia, onde estuda retórica.
57 a.C. — Luta na Judeia
56 a.C. — Luta no Egito. / Provável primeiro encontro com Cleópatra.
54 a.C. a 50 a.C. — Luta na Gália, sob a ordens de Júlio César.
50 a.C. — Eleito tribuno da plebe.
48 a.C. — Luta na Batalha de Farsalos, contra Pompeu.
47 a.C. — Governa a Itália de forma desastrosa.
44 a.C. — Eleito cônsul, junto com César. / César é assassinado no senado.
43 a.C. — Guerra de Módena. / Integra o segundo triunvirato, ao lado de Otaviano e Lépido.
42 a.C. — Derrota os assassinos de César na Batalha de Filipos.
41 a.C. — Encontro com Cleópatra, em Tarso.
40 a.C. — Regressa a Roma. / Casa-se com Otávia. / Tratado de Brundisium.
38 a.C. — Tratado de Tarento. / Renovação do triunvirato por mais cinco anos.
36 a.C. — Sofre derrota humilhante na campanha contra o Império Parta.
34 a.C. — Otaviano divulga em Roma a cessão de territórios romanos para Cleópatra e seus filhos (Doações de Alexandria).
33 a.C. — Fim do segundo triunvirato. / Antônio divorcia-se de Otávia.
32 a.C. — O senado declara guerra ao Egito.
31 a.C. — Batalha de Áccio: as frotas de Antônio e Cleópatra são derrotadas.
30 a.C. — Marco Antônio e Cleópatra suicidam-se em Alexandria.

  Marco Antônio no cinema

                                          Lista de filmes (provavelmente incompleta)
Cleópatra (1912), dirigido por Charles Leslie Gaskill, onde Marco Antônio é vivido por Charles Sindelar.
Cleópatra (1917), dirigido por J. Gordon Edwards, onde Marco Antônio é vivido por Thurston Hall.
Cleópatra (1934) , dirigido por Cecil B. DeMille, onde Marco Antônio é vivido por Henry Wilcoxon.
Cleopatra (1963) , dirigido por Joseph L. Mankiewicz, onde Marco Antonio é vivido por Richard Burton.
À Sombra das Pirâmides (1972), dirigido por Charlton Heston, onde Marco Antônio é vivido por Charlton Heston.
 

 
SOBRE MARCO ANTÔNIO
interpretado por James Purefoy 
Marco Antônio é uma figura histórica que apresenta como um personagem na série de televisão HBO/BBC2 original, Roma , interpretado por James Purefoy . Imensamente corajoso, bonito e arrojado, Marco Antônio é amado por seus homens e adorado pelas mulheres. Arrogante e impulsivo, ele é impaciente com sutilezas políticas além uma multidão vibrante ou cobrando Full Tilt em um inimigo. verdadeira O Marco Antônio foi um general romano e um político, um apoiante próximo de Júlio César. A maioria do que sabemos sobre o histórico Marco Antônio vem de Plutarco, e sua personalidade, em Roma, até agora, parece ser essencialmente coerente com o que Plutarco tem a dizer sobre ele. Ele é retratado como um soldado soldado, um amante das mulheres, e, infalivelmente, dedicado a César. Roma também retrata como realmente desprezando a política, e sem tato ou sutileza em assuntos políticos, o que César usa a seu favor. Os shows antipatia Antony para Cícero em, por exemplo, o episódio 1,08 Caesarion é historicamente atestada. O histórico Marco Antônio Cícero realizada responsável pela execução do padrasto Antônio, Publius Lentulus Cornelius Sura, como parte da conspiração Catilina. Ameaça de Antônio Cícero sobre o que aconteceria se ele se desviou mais uma vez com precisão prenuncia o seu destino histórico. Uma das principais diferenças entre o Antony histórico eo caráter como retratado em Roma durante sua primeira temporada é a ausência de sua família. O histórico Marco Antônio tinha dois irmãos mais novos, Lúcio e Caio, ambos desempenharam papéis nos eventos da época. Também não é mencionado que ele era um parente de sangue de César através de sua mãe, Julia Antonia, primo do César histórica. (Apesar de herança de sua mãe, o histórico Marco Antônio e do caráter são plebeus, como o status patrício foi passada pelo pai apenas. Pai Marco Antônio, Marcus Antonius creticus, era da família Antonius, que foi importante e nobre, mas não patrício . Teria sido Antony patrício, ele não poderia ter sido eleito como tribuno da plebe). Além disso, o Marco Antônio de Roma parece ser solteira, como sugerido, se não provou, por Atia da proposta da Julii de. O histórico de Marco Antônio foi casado três vezes antes de sua união com Octavia Menor durante o segundo triunvirato, principalmente para Fúlvia, que ele teria se casado, em algum momento durante os eventos da 1 ª temporada. Fulvia, um descendente de Caio Graco, tinha ambições políticas próprias. (É possível que o caráter de Atia é algo de um composto da Atia histórico e Fulvia, na verdade, o personagem de Atia parece se assemelham mais a Fulvia em muitos aspectos do que a Atia histórico). 

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