EMIR RIBEIRO DESENHISTA (QUADRINHOS)


emir ao lado de velta sua personagen

site http://www.geocities.ws/emir_ribeirojp/index.html
        Emir Ribeiro http://www.emirribeiro.com.br/
Emir Lima Ribeiro(João Pessoa, em 7 de abril de 1959), é um desenhista brasileiro.


velta
Biografia

Iiniciou seus trabalhos com quadrinhos desde cedo (7-8 anos), fazendo histórias para o círculo familiar e amigos próximos. Em 1973, aos 14 anos, criou e lançou Velta, sua criação maior, no jornal mural O Comunicador, do Colégio Estadual de Jaguaribe.
Em 1975 começou a publicar nos jornais A União e O Norte, de circulação estadual, lançando outros personagens, além de Velta, como o índio Itabira( 1975, em parceria com seu pai, Emilson Ribeiro), a andróide Nova e O Desconhecido Homem de Preto (estes dois últimos em 1976). Em 1978 começou a editar revistas por conta própria e colocá-las nas bancas de três estados nordestinos. Editou cerca de quinze revistas independentes, sendo o mais recente o álbum 25 anos de Velta (1998).
Em 1980 começou a publicar quadrinhos no jornal O Correio da Paraíba, também de circulação estadual. No decorrer da carreira, participou de várias exposições em João Pessoa, PB, em outros estados como São Paulo e Rio de Janeiro, e na Europa (França). Entre 1985 e 1991, publicou diversos trabalhos da linha erótica e terror em editoras de São Paulo, como Press/Maciota, Nova Sampa e ICEA.
Em 1989, escreveu, dirigiu, atuou e produziu o vídeo O Desconhecido Homem de Preto, sobre o personagem lançado em jornais paraibanos em 1976. O filme teve boa repercussão local e nacional, tendo sido comentado pela revista de cinema Cinemix, o programa Documento Especial, da TV Manchete-Rio, o jornal Folha de São Paulo e foi exibido em grandes eventos de quadrinhos, como a I Bienal Internacional de quadrinhos do Rio de Janeiro.

Em 1993 começou a fazer trabalhos para editoras dos Estados Unidos, na trilha do seu conterrâneo Deodato Borges Filho, o Mike Deodato Jr. , em personagens conhecidos como O Incrível Hulk e Os Vingadores, ou pouco conhecidos como Glory, Avengelyne, Prophet e Os Protetores, entre outros.

A maioria dos trabalhos exportados tem sido como arte-finalista fantasma, onde não lhe foi dado o devido crédito, por parte dos editores e, em algumas ocasiões, levou a "alcunha" de Deodato Studios. Naquele mesmo ano de 1993, produziu o segundo vídeo: A volta do Homem de Preto, que chegou a ser exibido na TV Cultura de Minas Gerais.
Publicou história colorida de Velta na revista Metal Pesado #6 e, ultimamente, teve uma revista formatinho com Velta, lançada pela editora Escala (2002), o álbum Velta contra o Devorador (Editora Opera Graphica, 2002), o livro História da Paraíba em Quadrinhos (independente, 2003) e o outro álbum 30 anos de Velta (Opera Graphica, 2003).

Personagens

A detetive Velta
O índio Itabira
A andróide Nova
As garotas de borracha
A mutante Fátima
O Homem de Preto
O Cangaceiro
A Vampira Michèlle

Oi! Trabalhando muito ainda?

entrevista de emir ribeiro ao zine brasil https://sites.google.com/site/zinebrasil02/emirribeiro

Estou em casa. E adivinha... Visitando qual página?

A sua ou a minha? (risos)

A sua. Fui ver as mensagens e depois os fotoblogues... Comecei com o seu, já que não pude deixar o comentário quando o abri antes. Postei comentário neste exato momento.


Que bom, vou olhar, depois você vai separar minhas imagens não vai? Repara não, quando me dão corda cobro pra caramba!(muitos risos)

Claro. E tem de cobrar mesmo, pois tenho sempre tanta coisa para fazer, que é sempre bom lembrar.Antes de o Carnaval terminar, deverei enviar algumas imagens para você.

 Legal, ficarei esperando. Gostei muito do livro de bolso da Velta, sendo extremamente indiscreta, foi caro?

Foi R$ 3.200,00, foi caro porque fiz uma tiragem pequena, e aí o preço unitário sobe. Cada um saiu por R$ 3,20 e eu estou vendendo a R$ 3,50. Lucro de 30 centavos. Mas não dava para ser mais caro. Senão a turma não compraria. E como faço isso mais pelo prazer...

Sakei. Realmente, com um lucro de 30 centavos, é fogo.

Paguei com dinheiro ganho dos gringos. E vou fazer o mesmo com o livro de Nova, sendo que o de Nova vai ter tiragem menor ainda. Vai ser só 500 exemplares, pois só vai ser vendido pelo correio. Deverá sair em março.São as dez primeiras histórias de Nova, em ordem cronológica. Do mesmo jeito que as seis de Velta.

Que maravilha vai ser o mesmo preço do Livro de Velta?


Deverá ser o mesmo.

Achei o preço bem legal, você conseguiu vender bastante?

Na verdade, eu nem contei quanto sobraram.  Deveria ter vendido quase tudo, se não fosse aquela sacanagem das distribuidoras. E é por isso que vou reduzir a tiragem agora. Por não poder colocar nas bancas.

É proibido?

 A Dinap de São Paulo deu ordens para os distribuidores daqui só receberem coisas que venha delas. Eu, portanto, estou fora disso.

Que sacanagem, poxa, deve ser difícil pra caramba pra você.

Muito difícil. As bancas eram um bom escoadouro, pois vende rápido. Pelo correio é complicado, pois o leitor tem de pagar antes.

È verdade, até onde eu sei, aqui em recife não existe esse tipo de dificuldade, pelo menos com fanzines.

Olha, vamos fazer um bate-bola rápido?

Vamos. Mas não poderei demorar muito, pois daqui a meia hora vou sair.

Coisa rápida, enquanto você não me da uma entrevista (risos)
.

Ta. Manda.



Emir Ribeiro.

Um cara que briga com unhas e dentes para que a HQ brasileira tenha vez no mercado, dentro de uma concorrência limpa... Mas infelizmente, não é bem assim.

Quadrinhos Nacionais.

Precisam criar uma identidade própria e esquecer de vez a mania de copiar o que vem de fora. Precisam evoluir, mas para isso, a experiência é necessária. Publicar é necessário.

Mercado Brasileiro de Quadrinhos. Existe apoio para os novos talentos?

Infelizmente, o apoio é rarefeito até para os velhos talentos.

O que seria necessário para haver uma mudança?

Consciência. É preciso ver o quadrinho como arte, leitura e uma fonte de aprendizado.

Os brasileiros que trabalham para os americanos.

Estão apenas sendo profissionais. Mas, no meu caso, é uma fonte de dinheiro para ser usado em projetos nacionais.

Deodato Jr.

Um antigo amigo, com quem pude trabalhar, em várias fases da carreira.

Você acha que os artistas Nacionais que estão no exterior apóiam os Quadrinhos Brasileiros?

Sinceramente, não estou acompanhando o que eles andam fazendo. Nem tenho como responder a esta pergunta.

Beleza. Vamos aos seus personagens, o que esperar deles?

Que sejam cada vez mais brasileiros, mais verossímeis, mais diferentes dos habituais, mas sem esquecer seu passado e nem o público que os admira.

Sua Querida Velta: Nossa Amada Musa dos Quadrinhos Nacionais.

 Muitas mudanças nas próximas edições.  Coisas que os leitores vão ver e ler e dizerem: "Não acredito que isso aconteceu!" Mas espero que seja uma admiração positiva.

Quando, como, porque e qual foi à inspiração para criá-la?

Duas: 1) A personagem belga Pravda, que inspirou o fato dela ser motoqueira e usar roupas sumárias.  2) Uma certa loura que encontrei uma única vez em 1973 na Praia de Boa Viagem.

Legal.Qual seu maior sonho?

 Ver os bons artistas e personagens brasileiros nas bancas, vendendo bem, rendendo filmes, livros, e outros produtos relacionados a eles.

Sua família.

A coisa mais importante. Depois dela, só o meu trabalho.

Seus Fãs.

Os mais importantes, depois do meu trabalho.

Como esta sua relação com o mercado Americano de Quadrinhos.

Em compasso de espera. O último trabalho que fiz, foi há seis meses. Quando precisarem, de mim de novo, entrarão em contato.

Qual foi seu ultimo trabalho para eles?

Cartões com os personagens "Os Monstros" e "Xena, a Princesa Guerreira". Já estão na Internet. Tem cartão meu sendo revendido por 40 a 100 dólares.Bem... Agora vou ter de sair. Faça o seguinte: mande perguntas para: emir_ribeirojp@yahoo.com.br, responderei, e mandarei as imagens junto.Abraços.

Legal, vou enviar mesmo, Abraços.

Continuação por E-mail... >>>>

Oi Emir! To aqui te aperreando de novo!(risos).

Vamos nós, Michelle. Pode continuar aperreando, que não acho ruim. Não ia gostar se fosse para me aporrinhar e perguntar coisas de quadrinhos gringos. Aí, eu ia ficar com a gota serena...(risos)

Olha, acabei de receber tuas imagens, rapaz que maravilha! Quem fez a colorização? Foi no Photoshop?

Eu fiz todo o trabalho. A técnica é simples. O desenho básico é igual a qualquer outro. Depois,  pinto usando várias técnicas; crayon, grafite, nankim, corretor branco, guache, aquarela, enfim... Tudo isso misturado, dando o maior toque de realismo possível. Depois de toda a pintura seca, escaneio a imagem e trabalho ela no photoshop, dando ainda mais realismo. Aí, dá naquilo que você viu, e tem visto em algumas imagens do fotolog, que já postei antes.

Pena que nem eu to sabendo da identidade.(risos)

 E ninguém sabe. Apenas eu. Está guardada a sete chaves e só vai ser do conhecimento público quando o novo álbum sair. Por isso que não dá para espalhar agora, senão estraga a surpresa. O que vai acontecer é uma aventura  onde Velta tentará salvar a vida da sua mãe, morta há oito anos atrás, mas para isso, terá de vir a João Pessoa. Aqui, ela se envolverá com uma outra família bem problemática, de quem nunca ouviu falar,  acabando por ser forçada (a contra gosto) a entrar para a tal família,  ganhando um sobrenome e uma nova identidade (é uma das imagens que lhe enviei, devidamente "censurada" nos pontos certos, para não estragar a surpresa que vem por aí).

Essa imagem da identidade é de que edição?

É do álbum "Velta 2005 - Nova Identidade", o qual estou fazendo de tudo para que seja TODO colorido. Como será uma edição cara, o levantamento da grana para o patrocínio está mais difícil. Caso eu não consiga o suficiente, o álbum sairá mesmo em preto e branco; mas será a ÚLTIMA alternativa, quando (e SE) esgotarem todas as chances de sair em cores.





Algumas perguntas que faltaram (Como se eu já não estivesse fazendo perguntas) O que fez você se tornar um Quadrinhista?

 Justamente por ter lido muitos quadrinhos desde cedo. A mania me foi posta pela minha avó materna, que sempre me levava para compras e feiras, e semanalmente me presenteava com um gibi (usado). Fui então, colecionando e lendo avidamente, e tentando desenhar aquilo que eu lia. O primeiro deles eu ganhei em 1965, aos seis anos de idade. Posso dizer que aprendi a ler com os quadrinhos. 


Qual a importância dos fanzines para você?

 Primeiramente é importante pela liberdade criativa e editorial, e depois por ser um laboratório onde se podem experimentar trabalhos e técnicas diversas, e por fim, propicia a troca de conhecimentos entre os fanzineiros.


 Qual o melhor zine que você já leu?

 Creio que nem pode ser mais classificado como fanzine, mas quando o li pela primeira vez, era: O famoso, "Historieta" de Oscar Kern.


Qual quadrinho você curte atualmente?

Infelizmente, raro de sair: o brasileiro. O BOM, brasileiro, claro, pois infelizmente ainda há uns bem fraquinhos por aí.
 

Qual seu artista nacional preferido?

Mozart Couto. É um artista completo, além de uma pessoa excepcional.
figura de desenhos do Mozart.

 Surgindo a oportunidade com quais artistas gostaria de trabalhar?

Por questão editorial, teria de ser com gente com estilo similar ao meu, numa mesma revista ou coleção. Desenhistas: o próprio Mozart, Deodato, Colonnese, Watson, Marco Santiago, Zalla, Edmundo Rodrigues e muitos outros que não dá para lembrar no momento. Roteiristas (são mais raros que desenhistas): R. F. Lucchetti.
 


Qual o conselho para os iniciantes, que sonham com uma oportunidade no mercado americano de Quadrinhos, já que o nosso é tão difícil (e considerado por alguns como quase inexistente)?

Primeiramente, tem de ser o campeão mundial da paciência, pois cada editor de lá é mais chato que o outro. Depois, é procurar fazer o trabalho com a  máxima qualidade possível (dentro dos parâmetros deles, claro), ter responsabilidade e pontualidade na entrega dos trabalhos.
 

 Termine com uma frase preferida:

 Viva os quadrinhos brasileiros.

Valeu pela força, incentivo e as constantes visitas ao Zine Brasil.

Estou a seu dispor. Quando quiser mais, é só pedir. Abraços, e grato pela sua divulgação, e parabéns pelo trabalho bonito que está fazendo em prol da HQ brasileira. Beijos. Emir.

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